Bem vs. Mal

Ao consultarmos a definição de bem e mal e associamos a liberdade logo veremos que tudo aquilo que achamos que era bom na verdade nunca foi. O bem não é somente o que nos satisfaz, mas sim aquilo que fornece conforto (paz) comum, acessível a todos; e na maioria das situações o que é bom para os outros não é nosso desejo.

Ouvi há um tempo um conceito sobre bem e mal quando sinônimos de virtude e vicio. Logo, virtude é o bem é o que somos e colocamos a disposição do próximo, enquanto vicio é o mal uso do seu dom (ser) e quando é usado para satisfazer apenas seu ego.

É muito complexo dizer sobre bem e mal; pois o mundo associa esses anônimos há sentimentos e atitudes; mas na verdade em nós sempre haverá demônios e luz (Deus). E quando praticarmos o amor aí está o bem do mesmo modo que se praticarmos coisas egoístas estaremos fazendo uso de nossos demônios.

Acredito que o mal esteja muito mal esboçado pela sociedade, pois vemo-lo como algo MUITO maligno, de atitudes extremas. Mas não percebemos que, na verdade, as pequenas atitudes, os pequenos detalhes causam os grandes prejuízos (mal). Também o bem, que não é um mendigo e tão pouco uma caridade anunciada ao alto-falante, o verdadeiro bem está em: atitudes, gestos, pensamentos; praticados no silencio. É como apresentar um espetáculo sem platéia, sem aplausos, mas estar satisfeito por ter feito.

Ouvi certa vez, que diante de nós está, também, a benção e a maldição – e ainda que a benção talvez não seja solução dos nossos problemas, mágica, mas que benção seja em nós um canal de graça onde quem beberá será sempre o outro e tão pouco nós. Logo maldição é tudo aquilo que nos torna imperfeito: egoísmo, auto-piedade, alimentar pensamentos de discórdia - de inveja – entre outros.

Acredito que por mais notório que seja, por mais ruim que seja. O bem não é viver sem fardo, viver para si, mas é tentar ao menos compreender todos (amigos e inimigos), sabemos que todos tem suas dificuldades e histórias, mas aceita-las é a questão. Desculpar e logo determinar que o outro não faça mais é condena-lo a perfeição, perdoar é correto já que deixa que o outro possa cair: uma, dez, cem, eternamente.

Se somos bons ou maus? Se sou bom ou mal? Ah! Não o sei. Hoje quero praticar o bem, ainda que eu viva nada para mim. 

Texto Premiado na 71ª Ed. Opinativa do Projeto Bloínquês.

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